ARROTO-BOY
Criado por Maycon Picoli, em 07/04/2012
Identidade secreta: Caruncho Lima Pinto, estudante
da escola Dessabenças da Saia Curta.
Local de nascimento: desconhecido, já que foi
encontrado na frente de uma casa, onde foi criado até seus 14 anos de idade,
depois foi abandonado.
Comunidade a que pertence: favela da Rosicanha que
fica no Brasil.
Namorada: não conseguiu por causa de seu bafo.
Olhos: verdes (verde esgoto).
Cabelos: loiros e lambidos (mas aquele loiro cor de
gordura).
Poderes: arrotar com incrível força e mau cheiro,
olfato e audição de um rato e o poder de se transformar em um gambá, rato ou
urubu.
Fonte dos Poderes: quando ele era criança, caiu no
esgoto, e se ele comer alimentos malcheirosos seus poderes aumentam e seus
ferimentos cicatrizam muito rapidamente.
A Diretora Perversa
Mais uma vez, o sol nasce para o
Brasil e, enquanto a maioria das pessoas está despertando, Caruncho Lima Pinto
já esta acordado, pois passou a noite inteira acordado tentando arrumar uma
televisão que tinha achado, porque ele não tinha dinheiro para comprar uma nova.
De repente, começaram a sair sons, depois imagens e faíscas com fumaça e, então, o aparelho explodiu.Aí o jovem se
desiludiu e foi dormir, já que o EJA era só a noite.
Pobre garoto, só tem 16 anos e
já foi abandonado duas vezes, ganhou superpoderes, estava fazendo EJA e morava
em um barraco no lado mais sujo da favela da Rosiganha, que era a favela mais
suja e perigosa do todo o Brasil.
De repente,o telefone, que ele
havia conseguido consertar, tocou acordando Caruncho que atendeu. Era a
diretora que ligara para avisar que não haveria as provas finais para todos,
pois as provas foram roubadas pela gangue do Papagaio -do- Mar e eles pediram
uma quantia muito alta para devolver as provas.
Então ela desligou. Caruncho
ficou espantado, ele precisava das notas das últimas provas para passar e
voltar à escola normal. Pensando nisso, Caruncho decidiu recuperar as provas, e
ele sabia que precisaria de seus poderes, então se disfarçou colocando uma
máscara, roupa verde e capa, luvas, botas e um cinto roxo. No meio do peito,
estava estampado o brasão de uma boca arrotando. Ele se intitulou Arroto-Boy. Então
saiu para procurar respostas.
Arrotando cebola com mortadela
na cara de um falsificador, Arroto-Boy descobriu que o Papagaio -do- Mar e sua
gangue estavam em um antigo colégio ali mesmo, na favela.
Ao chegar lá, viu que a porta
estava trancada, mas havia luz e sombras lá dentro, então ele se transformou em
um rato, passou por um buraco que havia na porta. Já lá dentro, voltou ao normal e começou a andar, até que
ouviu, com sua super audição, dois garotos conversando. Então, ele desviou
aquele caminho. Quinze minutos depois, ele não teve a mesma sorte: sete garotos
com skates apareceram e o atacaram com cassetetes. Então ele deu um arroto que deixou
três inconscientes, bateu em dois, virou um urubu e bicou e arranhou os outros
dois. Depois os levantou pelas cuecas e
os jogou contra a parede. Então sentiu cheiro de comida e foi para o
refeitório, mas estava cheio de integrantes da gangue do Papagaio. Aí virou um gambá, entrou, soltou uma bomba de
gás que deixou todos inconscientes.
Quando saiu, se sentiu um pouco
cansado. Quando ia comer algo para recuperar as forças, ouviu som de mais
integrantes da gangue. Então, comeu uma cebola em conserva e quando terminou
estavam cinquenta garotos com soqueiras, pedaços de pau e cassetetes na sua
frente. Começou a lutar bravamente. Ele
arrotava, chutava, mordia, bicava e quando achou que estava próximo da vitória, levou uma
paulada na cabeça que o deixou inconsciente.
Ao acordar, ele estava defronte
à diretora e, ao seu lado, estava o Papagaio -do- Mar e, mesmo muito ferido,
nosso herói conseguiu falar:
-Você!
-Sim, eu - disse a diretora –
mas meu filho Papagaio -do- Mar me ajudou.
-Por quê? – perguntou o
superdotado, ligando o gravador que tinha consertado em casa.
-Porque aquele lixo de escola é
a única coisa que impede que meu filho domine toda a favela, é, aquele lixo de
escola continua ensinando o bom caminho aos jovens. Sabe, esse colégio, fui eu
quem o fechou.